sábado, 10 de setembro de 2011

Dilma e o terrorismo: Poderia ela dizer algo diferente do que disse?

Por ocasião do nefasto aniversário dos atentados contra os EUA em 2001, que amanhã completar-se-ão 10 anos, a presidente Dilma escreveu ao presidente americano, Barack Obama, nestes termos:

 "Creio que a maior homenagem que podemos prestar aos mais de três mil inocentes que pereceram naquela data é, tendo por inspiração a coragem exibida pelo povo dos EUA em face da tragédia, continuar a trabalhar, incessantemente, por um mundo de paz e desenvolvimento. O extremismo violento deve ser combatido em todas as suas formas e deve ser buscada a reconciliação entre o Ocidente e o mundo árabe, a eliminação do armamentismo nuclear, a afirmação da democracia, o respeito à liberdade religiosa e aos direitos humanos e da mulher, além da promoção do desenvolvimento econômico e da criação de oportunidades para todos em um mundo de paz e cooperação.''

Ocupando o posto que ocupa, Dilma não poderia dizer algo diferente disso. É um padrão, um texto diplomático meio clichê até. Mas será que Dilma realmente abomina o terrorismo? Aquele jovem na foto acima do texto é Mário Kozel Filho, um militar de 19 anos que foi explodido pelo grupo terrorista no qual Dilma militava e cujos pedaços ficaram espalhado pela rua em Quitaúna, São Paulo. Tratava-se do período militar e vários grupos de esquerda pegaram em armas contra os milicos. Esses grupos, apesar do que se diz hoje, praticavam o terrorismo muito semelhante àquele da Alcaida. Grupos como COLINA, VPR, VAR-PALMARES, dentre outros, mataram inocentes, explodiram pessoas e hoje posam de santinhos contra a direita carnívora e malvada. Neste país, assassinos como Marighela e Lamarca são tidos como heróis por muitos. E outros tantos terroristas ficaram ricos com a Bolsa-Ditadura. É o imbecilismo coletivo. Ah, mas Dilma não pegou em armas, fazia apenas a ''logística''. Isso não quer dizer nada. Quem fica nos bastidores também não mancha as mãos com sangue inocente? Isso é uma cretinice sem tamanho. Resolvi relembrar Kozel porque acho o terrorismo  abominável sobre qualquer ângulo. Não condeno uns e admiro outros. Sem meio termo por aqui. Se os mortos pelos atentados nos EUA merecem nossa lembrança, os mortos por aqui também, afinal, as práticas terroristas são as mesmas, concordam? Dilma hoje acha o terrorismo abominável? Não sei. Apenas relembro que o passado a condena. E trago uma lista de inocentes mortos pelo seu grupo: 

PESSOAS ASSASSINADAS PELA VPR OU COM SUA (DA DILMA) PARTICIPAÇÃO

- 26/06/68-  Mário Kozel Filho - Soldado do Exército - SP

- 27/06/68 - Noel de Oliveira Ramos - civil - RJ
- 12/10/68 - Charles Rodney Chandler - Cap. do Exército dos Estados Unidos – SP
- 07/11/68 - Estanislau Ignácio Correia - Civil - SP

- 09/05/69 - Orlando Pinto da Silva - Guarda Civil – SP
- 10/11/70 - Garibaldo de Queiroz - Soldado PM – SP
- 10/12/70 - Hélio de Carvalho Araújo - Agente da Polícia Federal - RJ

- 27/09/72 - Sílvio Nunes Alves - Bancário – RJ

PESSOAS ASSASSINADAS PELA VAR-PALMARES OU COM SUA (DA DILMA) PARTICIPAÇÃO

- 11/07/69 - Cidelino Palmeiras do Nascimento - Motorista de táxi – RJ
- 24/07/69 - Aparecido dos Santos Oliveira - Soldado PM – SP
- 22/10/71 - José do Amaral - Sub-oficial da reserva da Marinha – RJ
- 05/02/72 - David A. Cuthberg - Marinheiro inglês - Rio de Janeiro

- 27/09/72 - Sílvio Nunes Alves - Bancário – RJ

PESSOAS ASSASSINADAS PELO COLINA OU COM SUA (DA DILMA) PARTICIPAÇÃO

- 29/01/69 -  José Antunes Ferreira - guarda civil-BH/MG

- 01/07/68 - Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen - major do Exército Alemão - RJ
- 25/10/68 - Wenceslau Ramalho Leite - civil – RJ
A lista é grande quando se inclui vítimas de outros grupos. A quem interessar, a lista ampliada  está aqui. Nesta foto abaixo, veem o que sobrou do soldado Kozel.

2 comentários:

  1. Vocês são loucos não muito diferentes dos fanáticos de Osama Bin Laden querer comparar o presidente do Brasil na luta contra a ditadura militar com esses terroristas é coisa de quem tem a mente insananas é por essas e outras que esse blog tem tão pouca credibilidade

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  2. Absurdo e reacionário esse discurso comparativo. Para cada militar referido acima (mortes injustificadas, certamente) haviam dez ou mais mortos pelos mesmos militares da ditadura, dona das armas à época no país. Era uma guerra e quem estava nela sabia o que poderia ocorrer. Basta ler "Brasil Nunca Mais" e não apenas o livro "Brasil Sempre" - escrito por um militar - e que tenta justificar os desaparecimentos, torturas e mortes geradas pela repressão. Talvez se esse blogueiro tivesse um mandato político em seu município estaria também inclinado a servir a um partido ou a um governador...

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