quarta-feira, 28 de agosto de 2013

LUCINHA PEIXOTO ' A MENTIRA DO PADILHA"

A mentira do Padilha




Eu, hoje amanheço o dia indignada. Agora é quase todos os dias. Não consigo tirar da cabeça aquele bando de escravos cubanos, sendo dirigidos para suas senzalas, pelo melhor escritor de nossa terra, o Carlos Sena, vestindo jalecos brancos, indumentária que foi vítima de uma pergunta do meu marido:

- Oxente! Lucinha, e este jaleco não só é para ser usado dentro dos hospitais?

Velho arguto este meu. Também, me escolheu para viver com ele, é porque deve ter miolos. Mas, eu fiquei pensando nas causas de homens e mulheres usarem a indumentária que é para realmente ser usada internamente, até por uma questão de bio-segurança.

Lembrei que, quando eu estudava no CEP nós não usávamos farda, e minha vaidosa preocupação era não repetir as roupas todos os dias. Vaidade das vaidades tudo é vaidade. E eu pensava, ah se tivéssemos uma farda como no Ginásio São Geraldo!

Eu já sabia que a farda é um “esconde pobreza”, certas horas. Sabendo da miséria que se vive em Cuba, onde todos são pobres, por decreto de uns poucos ricos, eu logo matei a charada. Vestindo o jaleco, eles podem usar suas duas únicas mudas de roupas que trouxeram de Cuba, até que alguns dos seus senhores por aqui resolvam aquinhoá-los com mais algumas peças.

E isto não é uma crítica aos médicos cubanos e sim ao regime miserável em que eles vivem. Porém, deixemos os jalecos para lá, pelo menos esperando que eles o lavem à noite, quando chegar na senzala, para não poluírem ainda mais os postos de saúde onde irão trabalhar, sem nenhuma condição digna, e voltemos ao nosso assunto principal.

É que para mim ficou claro que alguém mentiu no lançamento do programa Mais Médicos, quando se dizia que os médicos cubanos não estavam envolvidos no esquema de importação de jalecos. Eu posso até imaginar o Mercadante e o Padilha, se digladiando, para quem levaria o nariz de Pinóquio logo a seguir. Concluíram então, que o Mercadante ficaria com o nariz no caso dos dois anos a mais do Curso de Medicina e o Padilha levaria o nariz de ouro ao explicar a desistência de trazer cubanos para o Brasil, e logo em seguida trazer 4.000 deles.

Este virou mesmo o governo da mentira. Depois de todos os pontos anunciados por Dilma após as manifestações de rua darem errados, agora a única coisa que poderia dar certo era o Mais Médicos. Enquanto a MP é discutida no congresso, e que Padilha abre o bocão para dizer que é Lei e tem que ser cumprida, e o Mais Médico trouxe os primeiros escravos. E se a MP não passar no Congresso? É muita confiança na base alugada.

Eu me surpreendi como pôde haver uma negociação tão rápida com a OPAS para trazer os cubanos num governo que faz séculos que não conclui nada (alguém vê o fim da Transposição do Rio São Francisco? Nem o Papa Francisco viu). E encontrei na mídia um vídeo (vejam aqui), que é um pouco longo, mas merece ser visto (eu agora deixei de ser prolixa nas letras e me tornei prolixa nos vídeos, talvez, menos mal), em que o senador Humberto Costa, sim, aquele mesmo que Recife levou uma coça de criar bicho nas eleições para prefeito, confessar que o programa para trazer médicos cubanos já existia há mais de um ano.

Que mentira que lorota boa do Padilha e do Patriota (que foi defenestrado do cargo por tratar um cidadão boliviano como cachorro na embaixada do Brasil na Bolívia, ao ponto de um seu subordinado não aguentar tanto sofrimento; e, digo, a Dilma deveria ter chamado o Temer e ter saído junto com ele). Para aqueles que não queiram ver o filme todo, veja o que diz o Humberto Costa lá pelos 8min49s:

“Esse programa já vem sendo trabalhado há um ano e meio. Boa parte desses cubanos já trabalharam em países de língua portuguesa, não têm dificuldade com a língua. E, ao longo desse um ano e meio, eles vêm tendo conhecimento sobre o sistema de saúde no Brasil, doenças que existem aqui e não existem lá…”

E imaginar a desfaçatez ou burrice de uma pobre escrava cubana, que vi na TV, dizendo em portunhol que português era o grande problema. Eu ainda não sei se vai algum dos escravos para Bom Conselho, no entanto, espero que, se for, quer seja o Carlos Sena seu instrutor em nossa língua pátria. Esta função para o Poeta ou para o Alexandre não seria adequada.


Para finalizar, já que o Patriota foi, por que o Padilha não vai atrás? A esperança é a última que morre. Com o Mais Médicos (da forma com foi planejado e implementado com mentiras mil) a pobrezinha está nas últimas no Brasil.

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