Jaquetão, e cabeça de melancia. Era assim que Paulo Francis se referia a dupla Sarney e Maílson da Nóbrega, seu então ministro da fazenda, quando visitavam os Estados Unidos, mais especialmente a ONU. O finado jornalista ressaltava a suprema breguice e provincianismo das nossas "zelites" políticas. Se estivesse vivo, o PT e Dilma estavam lascados com sua língua ferina. Já na época, quando de oposição, os petistas eram arretados com ele. Aliás, ele chamava os petistas de "petelhos" . O que diria de Dilma e Lula em suas incursões no complicado mundo da política internacional? E de figuras como Rui Falcão e Celso Amorim?
Dilma falou da espionagem norte-americana. Propôs uma regulamentação mundial da espionagem cibernética. Ridículo. Porém, muitos idiotas da objetividade adoram estes arroubos não mais do que eleitoreiros. Parece que Obama nem vai dormir direito com medo do Brasil petista.
Paulo Francis também falava da iniquidade da ONU, a quem chamava de um grande cabide de empregos internacional, bancada majoritariamente pelos contribuintes norte-americanos. E que a repercussão de um discurso de um país irrelevante como o Brasil na política internacional é igual a zero. O teatro foi para consumo interno. Idiotas por aqui é que não faltam. E idiotas com ares de extrema sabedoria, e o que é pior. Uma verdadeira exaltação da ignorância.
Como disse certa vez o historiador Marco Antonio Villa, os historiadores do futuro vão ficar perplexos com a ignorância dos nossos políticos contemporâneos. Lula já era de lascar, mas ele desenvolveu uma propaganda de ascensão social e política e enganou os bêstas, sobretudo pelo pragmatismo de dar continuidade a pequena abertura , e reformas econômicas do governo Fernando Henrique, e pelo boom da economia global. Dilma, esquerdista de carteirinha, está desmanchando tudo. Não dava nem para ser chefe de repartição, quanto mais presidente. Mas pelo menos se não der para chorar , vamos rir. Enquanto é tempo. Mas quando uma coisa tem tudo para não dar certo, não vai dar mesmo.
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