domingo, 20 de outubro de 2013

RAFAEL BRASIL: ' A ECONOMIA JOGA CONTRA O GOVERNO'

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A ECONOMIA JOGA CONTRA O GOVERNO


A desestruturação da economia começou no segundo governo Lula. Como quase tudo andava bem com o crescimento global, nossas exportações de minérios e produtos agrícolas garantiam, como até hoje garantem, saldos positivos na balança comercial. A autoconfiança do entusiasmado governo Lula fez o governo gastar mais. Ideologicamente o governo é a favor de uma maior presença do estado em todos os setores da vida econômica e social, mas o equilíbrio das contas passava, como até hoje passa, pela ampla reforma e enxugamento  do estado.  Lula contratou mais gente, fazendo concursos públicos e dando generosos aumentos salariais aos funcionários federais.  Ampliou os benefícios das máfias sindicais, dando dinheiro às confederações para ajudar principalmente seu braço sindical, a CUT. Além disso, livrou os sindicatos da fiscalização do estado que era feita  através do Tribunal de Contas da União. Para completar fez uma política externa desastrosa, para dizer o mínimo, com o contraproducente caminho da ideologização esquerdista  da política externa, digamos assim. Fazendo com que nos afastemos cada vez mais dos países mais desenvolvidos, sobretudo os Estados Unidos e nos aproximemos de países que apoiam o terrorismo internacional como o Irã, e cacarecos políticos e ideológicos como Cuba e Venezuela, na América Latina.  Aliás na América Latina o Brasil faz o jogo do chamado e admirado por um grande número de petistas, o bolivarianismo, ou o que isso possa representar.  Ou seja, o velho populismo mais abjeto, que ressurgiu das cinzas da destruição das instituições democráticas por uma elite essencialmente corrupta, como na Venezuela.  Será que estaremos indo por esse caminho?  Primeiro desmoraliza-se as instituições democráticas. Depois vamos para o matadouro da ditadura.  Este movimento já conhecemos  pela direita, nos tempos da guerra fria. Pela esquerda pode ser muito pior. Como os nazistas, usam a democracia para implantar ditaduras. Veladas ou disfarçadas.
A conta do populismo na economia está chegando. As contas do governo são fajutas, todo cidadão minimamente informado sabe. Seja quem for o próximo presidente, vai ter que apertar tudo. As reformas necessárias são essencialmente impopulares. Como dizer ao povo que o estado não pode empregar todo mundo, restando  ao  governo criar condições para que o capitalismo realmente seja implantado no país? E que a atração de capitais passaria por uma ampla reforma e diminuição do estado? E que seria necessário  amplas reformas para que o Brasil se tornasse uma terra atrativa para investimentos de todos os tipos. Sobretudo na chamada infraestrutura e na educação, com reformas que priorizem a criatividade e a produtividade. O Brasil produz mal e tem uma mão de obra amplamente desqualificada. Na educação, o sócio construtivismo produziu duas gerações de analfabetos fazendo com que quase a metade de nossos estudantes universitários terminem  seus cursos  como analfabetos funcionais.  Inclusive os já muitos com mestrado e doutorado. Aqui, busca-se o título, que vale mais do que a sabedoria.

Em outros termos o governo é conservador e reacionário na medida em que reage até com raiva a mudanças. Quer perpetuar um modelo que vem perdurando desde os tempos de Vargas. Enquanto tudo isso persistir, afundaremos nos mares da já secular estagnação.  Se Dilma  vencer  teremos o aprofundamento da crise. Ideologicamente o governo é contra o capitalismo e só faz as privatizações, quando as mesmas se mostram absolutamente necessárias, como agora na exploração do pré sal quando o governo precisa de dinheiro, justamente para amenizar o rombo nas contas públicas.  A deterioração da economia pode derrubar o governo Dilma. Pode derrubar qualquer governo que tenha a coragem de redirecionar radicalmente nossa economia, rumo  ao capitalismo. Precisamos de um estadista que possa comandar este processo. Infelizmente não temos. Todos propõem melhorar o que está aí. E muita coisa precisa mesmo ser destruída para a efetiva implantação de um capitalismo forte e uma radical abertura econômica do país. Sem os quais jamais sairemos da miséria. Que não é só material, mas sobretudo intelectual.

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