sábado, 19 de julho de 2014

Aécio acusa Dilma de mentir sobre Mais Médicos: o PT “paz e amor” perdeu o equilíbrio com as pesquisas - POR RODRIGO CONSTANTINO

Aécio acusa Dilma de mentir sobre Mais Médicos: o PT “paz e amor” perdeu o equilíbrio com as pesquisas

A presidente Dilma, citando pela primeira vez, ainda que não nominalmente, seu opositor Aécio Neves, disse que “o senador” é contra o programa Mais Médicos, e que suas críticas não significam melhoria do programa, e sim seu término. Em uma estranha lógica, Dilma justifica trazer “médicos” cubanos que não fizeram o Revalida porque poucos brasileiros são qualificados:
“O Revalida tem aprovado um número insuficiente de médicos para atender a população que precisa no Brasil. No ano de 2013, de 1.595 participantes, aprovaram 109, portanto, 6,8% foi aprovado. Além disso, precisamos aumentar o número de médicos que podem prestar atendimento no Brasil, porque enquanto a procura por médicos for maior do que a oferta, quem fizer o Revalida vai preferir as regiões mais ricas”.
Ou seja, se nossos médicos não são efetivamente médicos, então Dilma prefere importar escravos cubanos que também não são efetivamente médicos. Isso lembrando que o Brasil possui 200 milhões de habitantes, enquanto Cuba possui apenas 11 milhões. Não era mais fácil levar enfermeiros brasileiros para essas áreas, para “quebrarem o galho” exatamente como esses “médicos” cubanos fazem? Isso geraria empregos aqui, e não transferiria dinheiro de nossos trabalhadores para o ditador cubano.
“Infelizmente no Brasil não temos médicos em número suficiente. Formar médicos leva tempo: seis anos de graduação, três a quatro anos de residência. Por isso, tivemos de trazer médicos do exterior”, afirmou a presidente. Mas não são médicos! Afinal, não passam no Revalida. E o próprio PT dificultou a formação de médicos nesses últimos 12 anos, criando obstáculos para as faculdades de medicina. É muita contradição.
Aécio Neves reagiu, afirmando que a presidente está mentindo quando diz que ele é simplesmente contra o programa em si: ”É uma pena que o resultado das pesquisas eleitorais afete tanto o equilíbrio da candidata que hoje tem a responsabilidade de dirigir o País”. E acrescentou:
“Não há nada que desqualifique tanto o debate político e desonre tanto a democracia quanto o uso da mentira e de artifícios como o de colocar na boca do adversário palavras que ele não disse. Práticas que se tornam ainda mais graves quando partem da presidente da República. [...] Para que não haja duvidas: não vou acabar com o Mais Médicos, vou aprimorá-lo. Não vou acabar com o Bolsa Família, vou aprimorá-lo”.
À medida que as pesquisas eleitorais mostram aumento na rejeição aos petistas, a postura artificial de “paz e amor” cede lugar à verdadeira essência deles: o discurso do ódio, as ofensas, as mentiras raivosas. Lula chegou a atacar a imprensa, pintar seus candidatos como vítimas, e pedir para que comecem a reagir:
“A gente aprendeu que levava um tapa numa face e virava a outra. E nós não podemos mais virar a outra. Nós precisamos agora é começar a reagir e fazer as coisas que a gente tem que fazer. [...] A lógica é essa: aquilo que a gente faz, a gente mostra. Aquilo que a gente não faz os adversários mostram. E você sabe quem são seus adversários. Você liga a televisão e todo o dia você apanha às 8h da manhã, você apanha às 3h da tarde, às 7h da noite. Às 6h da manhã você já está apanhando”.
É muita cara de pau. Lula desqualificou as pesquisas ainda, pois quando elas mostram algo incômodo, devem simplesmente ser ignoradas. Só valem quando mostram coisa boa. Alexandre Padilha não consegue decolar, tem apenas 4% das intenções de voto em São Paulo, mas Lula acha que está tudo ótimo e que ele vai vencer. Não serve nem para o PT fazer uma mea culpasobre o Mais Médicos na forma atual? Quer prova melhor de que o povo não aplaude coisa alguma esses cubanos infiltrados no país?
A verdade é que o PT empobrece muito o debate político nacional. O país precisa de propostas, de debates sérios, calcados nos argumentos, na viabilidade dos projetos, na origem dos recursos escassos, na escolha das prioridades. O PT nunca quis isso. Para o partido, o mundo é um palanque onde as bravatas precisam ser cuspidas em troca de aplausos sensacionalistas. Falta seriedade, honestidade.
Os médicos brasileiros apanharam muito do PT nos últimos meses. Foram tratados como egoístas que não querem ir para o interior, para lugares mais pobres, ignorando a falta de infraestrutura desses locais e a ausência de um plano de carreira decente para os médicos. A presidente Dilma chegou a afirmar que os cubanos eram mais atenciosos. Não sou médico, mas faço meu diagnóstico político e alerto, nos moldes do Ministério da Saúde: o PT faz mal à democracia brasileira.
Rodrigo Constantino

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