Soube-se no final da semana passada que a presidente Dilma estaria se preparando para sair-se bem diante do foguetório de hoje no Jornal Nacional. Estaria largando mais cedo o expediente, ensaiandorespostas razoáveis para temas dos mais cabeludos e tentando preservar o seu fabuloso teto de vidro, sua redoma. Afinal, ter de explicar um rombo de 1,2 bilhão na PETROBRAS não é moleza nenhuma, concordam? E ainda precisar convencer tanta gente sobre corrupção, baixo crescimento econômico e adanada da inflação exigiriam dela muito esforço mesmo. Só aulas com o David Copperfield!
Pois não é que era mentira a danada da nota da imprensa? Só pode ser! Pois o que se viu foi Dilmaenrolada naquela linguagem que lembra de relance o português, evasiva nas danadas das perguntas difíceis e reticente em temas indigestos. Um horror. Se Dilma treinou, perdeu o seu tempo. Fugiu do mensalão e esquivou-se de falar de escândalos (no caso do PT, é um escândalo por semana, há tempos!), dos ministros enrolados com trambiques, da estagnação econômica, da inflação que acaba com a feira dos pobres, da saúde precária...
É o jeito Dilma: pensa que ganha uma conversa fazendo cara feia e falando enrolado. Um mico. Como pode uma mulher com tão pouca capacidade cognitiva e afeição pela verdade ser chefe de uma nação com essas proporções? Nem na Zâmbia! Olha, poucas vezes vi alguém ser tão medíocre em sua função.
E a graça toda deu-se quando Dilma disse que, com o PT no governo, a justiça foi mais atuante, gente graúda foi presa, etc. Lorota: o PT não gosta tanto assim de justiça e punição o quanto diz. Se gostasse,Lula e seus cupinchas não teriam feito de tudo para livrar a quadrilha do mensalão. Nem a PF estaria agindo, nesses tempos petistas, como uma polícia política, aparelhada que está, perseguindo opositores. Lembram-se do caso Romeu Tuma Jr? Aquilo é só o começo.
Dilma também disse que não sabia de onde Bonner estaria tirando os seus dados sobre economia e inflação. Em que mundo ela vive? A má fase da economia não chega ao Planalto? Vá à rua, Dilma!
Com doze anos de PT, o Brasil não tem educação, saúde, segurança, infraestrutura... sequer saneamento básico. Como almejar ser uma nação moderna sem ao menos saneamento? Estão malucos. Mas é hábito dessa gente culpar os tucanos que estão, vejam só, há doze anos longe do poder. É mole? Acorda, Brasil! A empulhação e a farsa são gigantes, ao contrário do PIB e do desenvolvimento.
Em quatro anos, Dilma vem afundando o Brasil. Quer mais quatro para terminar a sua obra?
E o formato da entrevista é muito bom, porém o tempo mostrou-se curto em demasia. Jornalistas preparados, desenrolados, perguntas duras, diretas, difíceis... Por que a Globo não tirou do ar uma dessas novelas que só mostram periguetes e boiolas e fez entrevistas de duas horas com cada candidato? Quinze míseros minutos não servem nem de aperitivo, ora.
Gostei do Aécio, mas preferi a entrevista do finado Eduardo. Foi o melhor. Sério, atento, inteligente... grande momento às vésperas de sucumbir. Aécio dá entrevista rindo. Aí não, cara! Tu estás debrincation with me, à lá Joel Santana? Sei que é importante demonstrar descontração, mas fica a impressão de deboche, de que o candidato não tem a maturidade exigida. Calma aí, Aécio! Vai vencer, mas sem molecagem.
E a Dilma apenas mostrou mais do freak show que já lhe é peculiar: fala coisa com coisa, responde o que não foi perguntado, fica brava e faz cara de rottweiler quando não existe resposta possível. Sai pela tangente e finge cabeça erguida. Até quando ela aguenta interpretar esse péssimo personagem? O Brasil, certamente, merecia coisa muito melhor! Não essa era da mediocridade em todos os aspectos que vivemos.
O título parafraseia o genial Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta).
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