domingo, 25 de outubro de 2015

Como Lula virou “a mãe” do petrolão e perdeu a boquinha Com Blog do Felipe Moura Brasil - Veja



Lula MST
Segurando firme para não cair

Dois delatores entregaram Lula em depoimentos revelados na última semana.
1) Eduardo Musa, ex-executivo da Sete Brasil, disse que um contrato de US$ 1,6 bilhão assinado pelo Grupo Schahin com a Petrobras, entre 2006 e 2007, para operação do navio-sonda Vitoria 10.000 serviu para quitar uma dívida da campanha presidencial de Lula de 2006 com a empresa.
Isso mesmo: o dinheiro teria sido roubado da estatal para acertar contas da reeleição do petista.
2) Fernando Soares, o Baiano, detalhou o lobby de Lula na Sete Brasil, a favor do estaleiro de Eike Batista, e indicou os pagamentos de cerca de R$ 2 milhões feitos ao seu melhor amigo, o pecuarista José Carlos Bumlai, que, na verdade, havia pedido R$ 3 milhões.
O então presidente da Sete Brasil, José Carlos Ferraz, chegou a dizer a Baiano, segundo ele, que Lula havia garantido em reuniões “dar mais velocidade” nos assuntos da empresa.
Baiano disse que Bumlai lhe pediu adiantamento na comissão que seria paga pela OSX, de Eike, porque estava sendo cobrado por uma nora de Lula para pagar uma dívida ou uma parcela de um imóvel.
Isso mesmo: a nora de Lula, por meio de um repasse de um operador de propina ao seu amigo pecuarista, teria sido a beneficiária do lobby feito pelo sogro.
Bumlai & Lula
Para se defender, Bumlai mandou vazar para os jornais que não pagou qualquer imóvel à nora de Lula, mas apenas armários embutidos a título de “presente de casamento” para ela, no valor de R$ 10 mil.
Não se sabe se os armários foram utilizados para embutir os R$ 2 milhões pagos por Baiano, mas, encurralado pela Lava Jato, Lula decidiu atacar a operação e os delatores.
Neste sábado, em reunião com a direção nacional do MST, ele se queixou do cerco, dizendo que está muito “irritado” com a citação de seus familiares, que precisa ficar se defendendo.
É o velho vitimismo lulista na hora do aperto.
Na sexta-feira, em Salvador, diante de 800 militantes do PT e da CUT – público tão abaixo do esperado que 200 cadeiras tiveram de ser retiradas da plateia -, ele havia apelado:
“Peço que fiquem atentos porque estamos vivendo um momento excepcional em que um cidadão é preso e tem a promessa de ser solto se ele delatar alguém. Aí ele passa a delatar até a mãe, se for o caso.”
Eu sempre achei que Lula fosse o pai do petrolão, já que o esquema de corrupção da Petrobras foi institucionalizado durante o seu governo. Não sabia que ele também tinha virado a mãe.
“O dado concreto é que nós estamos vivendo quase um estado de exceção”, arrematou Lula.
De fato, a Lava Jato é a maior exceção já vista no Brasil: nunca antes na história “dêsti paíf” uma investigação envolvendo políticos chegou tão perto do “chefe”.
Os efeitos da operação, segundo a Folha, ainda atingiram em cheio os negócios de Lula.
Ninguém mais o contrata para dar palestras.
Antes da Lava Jato, Lula era contratado para um evento remunerado a cada 18 dias; depois, a média caiu para um evento pago a cada 75 dias, até porque vários dos contratantes estão presos.
Nos primeiros cinco meses do ano, só a cervejaria Petrópolis bancou Lula para uma palestra, que acabou virando motivo de chacota na internet, porque um vídeo mostrou que quase ninguém prestava atenção ao “molusco” palestrante.
É um fim melancólico, o de Lula. E ainda é só o começo do fim.
lula1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O ESTADO POLICIAL AVANÇA - RAFAEL BRASIL

O estado policial do consórcio PT STF avança contra a oposição. Desde a semana passada, dois deputados federais tiveram "visitas" ...