sábado, 20 de agosto de 2016

A MENDICÂNCIA INTELECTUAL DOS PAÍSES ISLÂMICOS - OLAVO DE CARVALHO



O Ocidente pode estudar o Islam em profundidade e com total liberdade, mas o Islam não pode estudar o Ocidente sem filtro e censura, porque, se o fizer, morre em duas gerações.
Se você somar todos os livros publicados no conjunto do mundo islâmico ao longo de um ano, não dá para competir com a cidade de Nova York. Pior ainda é você comparar o número de livros pró-islâmicos publicados no Ocidente com o de livros pró-ocidentais publicados no Islam inteiro.
O Islam deve ao Ocidente até uma boa parte do seu conhecimento de si mesmo. Leiam as biografias de Henry Corbin e Louis Massignon. Muitos textos tradicionais das tariqas, que circulavam em privado durante séculos, foram publicados primeiro em francês e inglês e só depois nas suas línguas originais.
Ninguém no Islam escreveu uma história da filosofia islâmica comparável à do Henry Corbin.
Nos EUA, quando um sujeito cai em possessão diabólica, sai cortando pessoas em pedaços. Muitos muçulmanos fazem a mesma coisa, segundo dizem, sem nenhuma ajuda do diabo.
Um muçulmano, quando vira extremista, pendura uma bomba no pescoço e vai estourar uma igreja. O católico, quando vira extremista, pendura um terço no pescoço e vai rezar na frente de uma clínica de aborto.




A superioridade de uma civilização não se mede pelas suas realizações materiais ou mesmo espirituais, por admiráveis que sejam, mas pela sua capacidade de absorver e integrar as cosmovisões e "pontos de vista" de outras civilizações sem perder sua unidade e identidade por isso, antes fortalecendo-as. A superioridade do Ocidente, sob esse aspecto, é não só evidente, como esmagadora. O Islam perdeu essa capacidade por volta do século XIV da nossa era, e hoje a tem menos do que nunca. O ódio impotente que se traduz em violência estéril é a marca registrada de uma civilização moribunda, incapaz de renovar-se por meio das conquistas das suas concorrentes. Bastaria que os países islâmicos absorvessem e integrassem UMA criação ocidental -- a liberdade de imprensa -- para que em poucos anos a sua fisionomia perdesse todo traço islâmico reconhecível. A "decadência do Ocidente" é um NADA, se comparada à agonia do Islam. Nisso, como em tudo o mais, a imagem que se vê na grande mídia e nas opiniões correntes da classe universitária é uma INVERSÃO SIMÉTRICA DA REALIDADE.

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